Como fazer o Gerenciamento de Riscos para sublimites diferentes?

Como fazer o Gerenciamento de Riscos para sublimites diferentes?

Já pontuamos em outro momento o que são os sublimites e como eles podem influenciar na análise para cobertura do sinistro, lembra?

Desta vez falaremos sobre como gerenciar bem um risco, quando os sublimites são diferentes.

Normalmente as seguradoras colocam em suas apólices uma lista de mercadorias, denominada “Tabela de Mercadorias Específicas”, onde cada tipo de mercadoria possui um limite individual para transporte.

Acima desse limite, as cargas transportadas deverão receber uma atenção especial quanto ao gerenciamento de riscos, iniciando sempre pela obrigatoriedade de rastreamento e monitoramento.

Para um embarcador cuja tendência é sempre carregar sempre a mesma carga, isso não parece ser nenhum problema, não há nenhuma complicação, pois basta ele saber qual é o valor do sublimite exigido na tabela para a mercadoria que sempre transporta e pouco importará para ele os demais valores, pois são mercadorias que jamais farão parte de sua operação de transporte.

Presume-se por exemplo que um embarcador cuja atividade seja fabricar tecidos, irá sempre transportar algo que esteja relacionada com a produção dessa mercadoria, isso de janeiro a janeiro.

Mas para o transportador, como será que fica administrar essa realidade?

Carga fechada ou carga fracionada?

No caso do transportador, administrar essa questão vai exigir um pouco mais de cuidados, visto que são diversos tipos de cargas que ele poderá transportar no dia a dia, além do fator surpresa, ou seja, a qualquer momento ele poderá receber uma carga para transportar pela primeira vez, então todo cuidado é pouco.

A primeira observação a ser feita pelo transportador é se a carga que ele irá transportar é fechada ou fracionada.

Carga fechada em tese é mais fácil, o critério é muito parecido com o do embarcador, ou seja, basta verificar o valor estipulado na tabela de sublimites ou no corpo da cláusula de gerenciamento de riscos e aplicar as regras.

  • Mas quando em um mesmo caminhão são embarcados diversos tipos de mercadorias?
  • Que mercadoria deve prevalecer para fins de gerenciamento de riscos?
  • Que critérios serão utilizados para determinar que valor vai ser obedecido na tabela?
  • Seria pela mercadoria com maior valor embarcado, ou pela mercadoria com menor valor exigido na tabela?
  • E se individualmente o valor dessa mercadoria não tiver sido atingido, mesmo assim ela prevalece?

A tendência é de que sempre que isso ocorrer. o segurado deve observe e obedecer a regra mais rigorosa, pois dessa forma haverá proteção de sobra e não em falta.

E havendo sinistro não haverá maiores problemas.

Mas, e quando a carga é fracionada demais e nenhuma das mercadorias individualmente atinge o sublimite?

Este tipo de dúvida é mais frequente do que se pode imaginar.

Em algumas operações, principalmente de cargas se deslocando dos grandes centros urbanos para os locais mais distantes, inclusive para pequenas cidades da região norte e nordeste do pais, é comum que essas cargas sejam compostas de muitas mercadorias.

Atualmente existem veículos de cargas com grandes capacidades e para se aproveitar bem o frete e a logística, as empresas diversificam demais numa mesma viagem, o tipo de mercadoria que é transportado.

Imagine que um mesmo caminhão pode levar confecção e tecidos, pneus e câmaras de ar, e eletrônicos, celulares, pisos cerâmicos, cujos sublimites para fins de gerenciamento de riscos são totalmente diferentes.

É nessa hora que costuma dar confusão, pois a regra da seguradora precisa, antes de tudo, estar bem escrita e depois, ser bem interpretada e observada.

É aí que, mais uma vez, a atuação de um corretor de seguros especialista fará toda a diferença.

Atenção, cada seguradora pode ter regras próprias para esta situação

Normalmente, as seguradoras buscam fugir de problemas com interpretação dessas regras e o ideal é o caminho da simplificação.

Operações onde prevalece o transporte de cargas fracionadas ou mistas, o caminho mais fácil para seguradora e segurado é a unificação de um sublimite que atenda os aspectos de segurança, mas que também não aumentem o custo do gerenciamento de riscos para o segurado.

Existe até uma facilidade em se conseguir negociar um melhor sublimite com as seguradoras para cargas fracionadas, uma vez que essas cargas costumam ser menos visadas para roubo.

O importante é o segurado, ao invés de ficar tentando trabalhar com regras, tabelas e valores de difícil interpretação, utilizar o conhecimento do seu corretor de seguros para negociar com a seguradora e gerenciadora de riscos, regras simples e unificadas, de forma que sejam fáceis de se observar.

O seguro deve servir sempre para, proteger, amparar e simplificar a vida, o patrimônio e as operações dos segurados e nunca complicar. Se não estiver funcionando dessa forma, alguma coisa precisa ser revista.

 

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