PGR: O QUE É?
Plano de gerenciamento de riscos ou simplesmente PGR, é um conjunto de normas descritas para que as empresas possam ser orientadas a seguir uma direção correta.
Para seguir em direção correta, os navios utilizam cartas náuticas, os aviões utilizam o plano de voo e as empresas de transporte de carga, que transportam produtos amparados por uma apólice de seguros, necessitam de um plano de gerenciamento de riscos.
Como começou o PGR?
Quando olhamos as cartas náuticas da antiguidade e atualidade, que é uma representação de uma área marítima, fluvial ou lacustre, estas representam as regiões costeiras adjacentes à área náutica.
Dependendo da escala, pode ter detalhes tanto do relevo da costa quanto do relevo aquático, além de outras informações, como edificações, vegetação, infraestrutura e pontos relevantes da costa.
No final da idade média e inicio do renascimento e da idade moderna, a grande maioria dos transportes entre países são por meio marítimo, logo, o volume de cargas preciosas transportadas de uma costa a outra ou de um país a outro são gigantescos.
Na idade média e renascimento já existiam assaltos, mas os assaltantes eram bem conhecidos do mundo naquela época, eram chamados de piratas.
Toda embarcação deveria ter o plano de gerenciamento de riscos, ou plano de tomada de ações para que ocorrendo o inevitável encontro com piratas em alto mar, deveria ser tomada mediadas extremas para defender a carga transportada. Dependo da rota navegada seria inevitável fugir sem lutar contra piratas que vagavam pelos oceanos e mares.
Logo, conhecer a carta náutica era muito importante para evitar a perda durante o deslocamento. Porém, os piratas também possuíam a sua carta náutica, bem como em alguns momentos tinham informações privilegiadas.
Com a chegada na idade moderna, os volumes marítimos continuaram sendo transportados, mas a pratica da pirataria reduziu drasticamente, em virtude de cargas serem transportadas em contêineres e além de ser implantadas fiscalizações em diversos portos no mundo.
PGR no Transporte de Cargas
No século XX além dos transportes marítimos, o cenário teve como crescente o transporte rodoviário de carga.
Os transportadores de cargas rodoviárias aumentaram seus volumes e consequentemente os valores transportados e os piratas que outrora agiam em alto mar, passaram a atacar as rodovias.
No Brasil do no final dos anos 90 o índice de ataque aos caminhões de cargas aumentou drasticamente, isto acabou resultando na exigência de embarcadores, para que os transportadores tivessem uma garantia para ofertar sobre o produto transportado, ou seja, uma apólice de seguro contra roubo (RCF-DC).
As cias de seguros de transporte de cargas por sua vez, passaram a exigir a contratação de empresas de gerenciamento de riscos, onde os transportadores deveriam instalar equipamentos de rastreamento nos veículos afim de que pudessem ser localizados em caso de roubo.
Estes rastreadores por si só não eram suficientes para coibir a ação criminosa, portanto, as gerenciadoras de riscos passaram junto com as Cias de seguros a desenvolver o plano de gerenciamento de riscos (PGR) para que o transportador passasse a obedecer às regras escritas.
As regras do PRG
As regras do Plano de gerenciamento de riscos tendem a dizer ao transportador qual volume de carga, rota, condições dos veículos a serem empregados nas operações mais diversas, bem como as diretrizes para tomada de decisão em casos de roubo ou um simples acidente.
Para cada tipo de transportador e seus produtos transportados, deve haver um plano de gerenciamento de riscos customizado, com a finalidade de ter de instruir as ações que devem ser seguidas durante o deslocamento com a carga.
Assim, o plano de gerenciamento de riscos também tende a mostrar a área que será atendida bem como o que deve ser feito em casos específicos.
Para cada tipo de operação, o plano de gerenciamento de riscos deve ser seguido a risca, tanto para produtos de maior importância financeira o qual exige uma regra que deve ser norteada de maneira diferente de outro produto de menor importância.
Todo planejamento deve ser feito com base no cenário de cada região geopolítica brasileira, levando em consideração tipo de produto, valor, distância, pontos de paradas, tipo de equipamento de rastreamento instalado no veículo, modelo de veículo etc.
Então, o plano de gerenciamento de riscos é a orientação para tomada de ação em diversos cenários ao transportador rodoviário de carga.