Modal de Transporte: O que influencia no Seguro?

Modal de Transporte - O que influencia no Seguro

Modal de Transporte: O que influencia no Seguro?

Antes de falar exatamente sobre a influência que um determinado modal de transporte pode trazer ao seguro, é necessário abordar quais são os principais modais utilizados no Brasil, principalmente em viagens nacionais.

Modal de Transporte: Rodoviário

Este é sem dúvida, há mais de cinco décadas, o modal mais utilizado no transporte de cargas no Brasil. Ainda que não pareça, nosso país acabou investindo muito mais na estrutura de estradas e rodovias que em qualquer outro modal de transporte.

Estima-se que o modal rodoviário é atualmente responsável por cerca de 60% do escoamento de nossas cargas.

Ele possui as vantagens de ser de fácil contratação, os caminhões conseguem acessar os lugares mais distantes e de difícil acesso, e por esta razão, existe uma facilidade para realização das viagens de porta a porta sem precisar mudar de modal.

Mas quando o assunto é segurança e/ou seguro, a coisa muda um pouco.

Em função do alto índice de roubo e desvio de carga percebidos nos últimos anos, além do sucateamento de boa parte das estradas brasileiras que proporcionam os acidentes e avarias às mercadorias, os custos e exigências acabem se elevando e dificultando uma padronização. 

O risco de uma mercadoria pode ser elevado numa região e mais tranquilo em outra, o que faz com que as seguradoras por vezes façam uma aceitação e taxação de riscos “regionalizada”.

Modal de Transporte: Aéreo

O segundo modal mais utilizado no transporte de cargas no Brasil, o aéreo é utilizado por embarcadores que possuem urgência em suas movimentações e normalmente transportam mercadorias sensíveis, eletrônicos, produtos médico hospitalares dentre outros.

A agilidade e a segurança são os pontos fortes deste modal, visto que os riscos de roubo, desvio e acidentes ocorrem em menor escala.

A desvantagem, no entanto, é o fato de não se colocar no mesmo veículo, neste caso numa aeronave, um grande volume ou tonelagem de cargas e quase sempre, é necessária a utilização de outro modal de transporte para iniciar e/ou complementar a viagem.

Em relação ao seguro, as taxas costumam ser fixadas pela seguradora em função da mercadoria e a aceitação, bem como as exigências de gerenciamento de riscos, levarão sempre em conta os percursos rodoviários preliminares e complementares.

Modal de Transporte: Ferroviário

Modal ainda pouco utilizado no Brasil, o ferroviário atende grandes quantidades de commodities, produtos agrícolas, siderúrgicos, carvão, derivados de petróleo e grãos.

Normalmente, o transporte ferroviário é utilizado em viagens longas e quando não há urgência no deslocamento.

A desvantagem em relação ao rodoviário é que não há a mesma flexibilidade nas rotas, existem pouquíssimos investimentos na infraestrutura deste modal e a exemplo do aéreo, via de regra necessita de transbordo.

Já em relação aos aspectos de segurança e seguro, trata-se de um modal com baixa incidência de roubos, furtos, acidentes e avarias, o que acaba deixando automaticamente o seguro mais barato e menos complicado.

A única dificuldade que pode surgir, no entanto, é que devido a grande capacidade de cargas das composições ferroviárias, os limites de garantia exigidos costumam ser elevados, desafiando a capacidade de aceitação das seguradoras.

Modal de Transporte: Aquaviário

O modal aquaviário no Brasil ainda é pouco utilizado. Possui algumas características bem parecidas com o ferroviário, como a capacidade de transportar grandes volumes de mercadorias de uma só vez e pouca agilidade.

É muito utilizado para transportar produtos de baixo valor agregado, mas em função da possibilidade de se acondicionar as cargas em container, facilita que cargas diferentes sejam levadas numa mesma embarcação.

Um dos pontos que deixam este modal em desvantagem é que para realizar a carga e descarga das mercadorias, existe a necessidade de se ter terminais adequados, além da necessidade do transbordo para outro modal para terminar a viagem.

Com relação ao seguro, a exemplo do ferroviário, talvez a principal dificuldade na contratação seja o alto valor do limite máximo de garantia.


Em resumo, independente do modal a ser utilizado pelo embarcador, o que irá fazer a diferença é uma apólice bem contratada, com cláusulas e condições voltadas para as particularidades e modal envolvido.

E isso somente uma corretora de seguros especialista poderá ajudar o embarcador conseguir.

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